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sábado, 31 de dezembro de 2016

Imagine uma empresa. Ou seria empreja?


Imagine uma empresa que tem 2 milhões de funcionários trabalhando pra vc; e além de funcionários, eles são também os seus clientes, o próprio mercado; e nessa empresa, não se produz nenhuma mercadoria a não ser um produto mais impalpável que fumaça: a fé. Embalada apenas com palavras fictícias, lustrada com os sonhos, ambição ou necessidades pessoais de cada um, sem nenhuma regulamentação.
Uma mercadoria que vc não precisa provar, nem tocar, nem degustar ou experimentar, sem cheiro nem sabor, nem tamanho nem pode ser pesada ou mensurada; pode ainda contar com longuíìììsssssimo prazo de entrega, mas já recebe o pagamento à vista; pode ser vendida e revendida várias vezes, inclusive aos mesmos clientes, ainda que eles não tenham recebido o primeiro lote; e vendida a altíssimo preço; pois na propaganda ela é maravilhosa, serve pra tudo, para o amor, para a saúde, para o bolso; crescer cabelo e emagrecer; cura do câncer, dos vícios, proporciona orgasmos múltiplos; e, claro, não aceita troca ou devolução do dinheiro;
No final do mês, além de vc não pagar imposto, nem salário a seus funcionários, pelo contrário, eles é que pagam de 10 a 20% do que recebem de outras empresas pra vc; ainda compram o seu jornal, tornam o seu livro best seller, compram a sua rosa ungida, o seu óleo ungido, o seu detergente ungido, o sabãozinho ungido, a arruda abençoada, o sal consagrado, a água benta, o perfume do amor, o seu kit salvação, o seu curso online, e ainda abastecem de vinho e pãozinho a santa ceia, de papel higiênico e papel toalha os banheiros, pagam seu aluguel, sua conta de luz, a água, o programa de tv no qual vc mesmo ganha dinheiro com outros produtos para outros clientes, e quitam todas as demais despesas. Do passado, do presente e do futuro.Em vida e pós a morte.
Lembrando que os funcionários são os seus clientes, os consumidores de um produto que não tem cheiro, não tem cor, nao tem sabor, não pode ser tocado, nem visto, nem medido ou pesado. E de 6 em 6 meses, os clientes funcionários dão até 100% de tudo o que ganham; às vezes até casas, carros, joias, móveis e roupas e tudo o que possa ser negociado...pois a propaganda diz que a mercadoria é excelente e multifuncional: serve para o amor, para a saúde, para o bolso e para todas as áreas da sua vida, para o corpo, para a alma e o espírito; assim na terra como no céu.
Só no curso online, quase sem custo, são uns 50 mil obreiros voluntários, sem salários, trabalhando no Brasil e no mundo pagando 280 reais cada um, obrigatoriamente. Só aí dá mais de 14 milhões de reais por um curso obrigatório, praticamente sem custo de produção, pois é online. Agora imagine que esses obreiros saindo igual gado, só a espera do toque do berrante, pra irem pelos semáforos vendendo bolinhos, doces e dando tudo no "altar", se sujeitando a passar fome pra entregar tudo ao seu líder, o CEO que alega ter direção divina e informação privilegiada de Deus sobre a sua vida;
Este mesmo CEO da corporação jura ser a oferta pra Deus - o mesmo Deus que não anda de Audi, nem de jatinho, nem mora em apartamento de 30 milhões, nem tem CPF ou conta bancária; e estes obreiros e membros, se não forem atendidos com o bilhetinho que enviam pra Israel, estão prontos pra fazer tudo de novo na próxima vez, num ciclo que se renova diariamente...
..e com um balão de 100% a cada seis meses...pois a fé manda olhar pra frente, pra não transformá-lo numa estátua de sal , dando ouvidos ao demônio - e enquanto não se recebe a mercadoria, fica por isso mesmo. Pois a fé é certeza de coisas que se esperam, e fatos que estão no futuro , mas são financiados no presente. Além disso, eles trabalham pra Deus, não importa o que seu líder faça com o dinheiro.Tudo o que se precisa fazer é colocar uma cruz e uma Bíblia no meio, para dar legitimidade e legalidade. Ainda estão dispostos a eleger por cabresto os seus candidatos na política, quem quer que seja.
Imagine, por fim, que que a cada 6 meses a meta é arrecadar 1 bilhão de reais de todas as filiais nesta mesma empresa que não produz nada, num evento que tem o slogan 'a oportunidade de transformar a vida da água pro vinho'.
Quem não ficaria rico assim? Nem Rockefeller, JP Morgan e Rothschild imaginariam um negócio desse...:
comércio da fé, eis o o mais bem aplicado golpe do bilhete premiado da história. E de todas as galáxias, até o terceiro céu...(S.Braz)

fonte: Facebook: Shelbert Braz

domingo, 18 de dezembro de 2016

O PÚLPITO EM RUÍNAS

Por Pr. Silas Figueira
(FONTE:http://ministeriobbereia.blogspot.com.br/)



O maior perigo que a igreja corre hoje não é a perseguição, e sim a perversão. Se Satanás não pode derrotar a igreja, tenta ingressar-se nela. A proposta de Satanás não é substituição, mas mistura. Não é apostasia aberta, mas ecumenismo. A ameaça mortal vem de dentro, das chamadas heresias domésticas.

Durante muito tempo lutamos contra as Testemunhas de Jeová, contra os Mórmons, contra os Adventistas, mas hoje estamos nos deixando seduzir pelo evangelho da prosperidade, pelo pensamento positivo, pelo determinismo. Doutrinas orientais têm invadido as nossas igrejas de forma caudalosa; psicologia ao invés do Evangelho transformador está tomando os púlpitos de nossas igrejas. Líderes que estão na mídia distorcendo as Escrituras com uma teologia louca, levando os incautos a se decepcionarem com Deus, pois eles, em nome de Deus, fazem promessas que distorcem o puro Evangelho.

Algum tempo atrás havia um determinado pastor pregando na televisão dizendo que qualquer líder ou igreja que prega que o crente tem que ficar rico é um enganador. Ele disse assim: “não pense que todo mundo vai ficar rico não, isso é balela, é cascata; qualquer pastor que promete riqueza a todo mundo é um cara de pau safado, um pilantra, ludibriador de fé. Digo aqui rasgado mesmo porque não tem conversa. Quem te falou que todo mundo vai ficar bem financeiramente? Quem te falou que todo mundo vai ficar rico? Onde está isso na Bíblia?”

Meses depois, este mesmo pastor estava na televisão dizendo tudo ao contrário do que havia dito antes (parece até música do Raul Seixas). Ele disse meses depois assim: “você só vai experimentar estas coisas o dia em que você aprender a ser liberal, se não você só vai ouvir e nunca experimentar em sua vida. Agora, Deus tem falado ao meu coração e vou dizer pra vocês, e quero ser profeta de Deus para que algum irmão que está me vendo pela TV e que estão aqui; Deus tem falado ao meu coração, Deus nesta reta final da igreja, Ele quer dar riquezas para crente, mas não quer dar riqueza para miserável... Deus quer dar riquezas para crentes liberais que vão investir na obra de Deus...”. Depois esse pastor pega uma Bíblia de estudos que ensina como alcançar vitória financeira. Quanta contradição!

Essa é mais uma ruína em nossos púlpitos que já andam tão esfacelados, tão cheios de “cupins espirituais” destruindo a sua base. Com isso em mente, vamos enumerar mais alguns fatos que têm levado muitos púlpitos à ruína hoje:

Primeiro, há pastores gananciosos atrás do púlpito. Há pastores mais interessados no dinheiro das ovelhas do que na salvação delas. Há pastores que negociam o ministério, mercadejam a palavra e transformam a igreja em um negócio lucrativo. Há pastores que organizam igrejas como empresa particular, onde prevalece o nepotismo. Transformam o púlpito em balcão, o evangelho e os crentes em consumidores [1].

O Evangelho sofre atualmente grande desgaste no seio da sociedade por causa dos “mercenários”, homens que fazem do ministério fonte de enriquecimento, verdadeiro comércio.

A avareza pode levar o servo de Deus a destruir seu ministério, pois se transforma num sentimento maligno, capaz de apagar os mais nobres anseios do espírito (Pv 15.27; Ec 5.10; Jr 17.11; 1Tm 6.10; Tg 5.3). Eis, o que a avareza pode fazer:

-  Acã apanhou o que era ilícito, mesmo sabendo que se tornaria maldito (Js 7.21).

- Balaão foi capaz de dar perverso conselho para ter os prêmios de Balaque (Nm 31.15,16, 22.5, 23.8; 2Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14).

Judas Iscariotes traiu o Mestre por causa de trinta moedas de prata (Mt 26.14-16).

O pastor, portanto, deve ter cuidado para não se deixar dominar pelo sentimento da avareza. Em busca de bom salário, pode sair do plano de  Deus, e seu ministério naufragar (Nm 16.15; 1Sm 12.4; At 20.33) [2].

Charles Haddon Spurgeon disse:

“Será que um homem que ama mais o seu Senhor estaria disposto a ver Jesus vestindo uma coroa de espinhos, enquanto ele mesmo almeja uma coroa de louros? Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? Não seja tão fútil em sua imaginação. Avalie o preço; e, se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou a seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”Citado por John MacArthur [3].

Segundo, há muitos pastores mundanos atrás do púlpito. A igreja contemporânea está passando por uma revolução sem precedentes, desde a Reforma Protestante, em seus estilos de adoração. O ministério das igrejas casou-se com a filosofia de marketing, e o “filhote monstruoso” dessa união é um diligente esforço para mudar a maneira como o mundo enxerga a igreja. O ministério da igreja está sendo completamente renovado, na tentativa de torná-lo mais atraente aos incrédulos.

Os especialistas nos dizem que pastores e líderes de igrejas que desejam ser mais bem-sucedidas precisam concentrar suas energias nesta nova direção. Forneça aos não-cristãos um ambiente inofensivo e agradável. Conceda-lhes liberdade, tolerância e anonimato. Seja sempre positivo e benevolente. Se for necessário pregar um sermão, torne-o breve e recreativo. Não pregue longa e enfaticamente. E, acima de tudo, que todos sejam entretidos. As igrejas que seguirem estas regras experimentarão crescimento numérico, eles nos afirmam; e as que as ignorarem estarão fadadas à estagnação [4].

Este tem sido, há muito tempo, os “cultos” que temos visto por aí. Mas quem se enquadra dentro desse sistema são pastores mundanos que deixaram o caminho da piedade para seguir o caminho do sucesso. Líderes que querem movimento e não vidas transformadas pelo poder do Evangelho. Pastores que utilizam do pragmatismo para ver resultados “positivos” na igreja.

Recentemente um carro de som estava passando pelos bairros da cidade que moro convidando os jovens para um baile funk, só que este baile era em uma igreja evangélica.    
  
Terceiro, há muitos pastores mal intencionados atrás do púlpito. Há muitos pastores que distorcem a Palavra para que ela tenha o resultado esperado nos ouvidos dos ouvintes. Como disse A. W. Tozer: “Qualquer um consegue provar qualquer coisa juntando textos isolados” [5]. E o que mais temos visto são textos fora de contexto sempre com um mau pretexto. Pastores que botam na boca de Deus o que Deus não disse e tiram da boca de Deus o que ele disse. Como certo “apóstolo” que disse num culto: “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, mas o pior que ele disse que esta palavra está na Bíblia. Sinceramente eu não sabia que Antoine de Saint-Exupéry constava como profeta ou era um dos apóstolos de Cristo.

A igreja de hoje tornou-se indolente, mundana e acomodada. Os líderes da igreja estão obcecados com o estilo e metodologia; perderam o interesse pela glória de Deus e tornaram-se grosseiramente apáticos quanto à verdade e a sã doutrina.

Quando Deus promulgou o Segundo Mandamento, que proibia a idolatria, Ele acrescentou a seguinte advertência: “Eu Sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira geração daqueles que me aborrecem” (Êx 20.5). Outras passagens das Escrituras deixam claro que os filhos nunca são castigados diretamente pela culpa dos pecados de seus pais (Dt 24.16; Ez 18.19-32). Todavia, as consequências naturais daqueles pecados passam realmente de geração à geração. Os filhos aprendem com o exemplo dos pais e imitam o que veem. Os ensinos de determinada geração estabelecem um legado espiritual herdado pelas gerações seguintes. Se os “pais” de hoje abandonarem a verdade, a restauração demandará várias gerações. Os líderes da igreja são os principais responsáveis por estabelecerem o exemplo [6].

Pelo andar da carruagem, creio que a próxima geração, se Deus não intervir, estará perdida dentro das igrejas. Pois o que mais vemos são pastores mal intencionados distorcendo as Escrituras e, por sua vez, crentes que são verdadeiros analfabetos biblicamente falando. Gente que estão longe de seguir o exemplo dos irmãos de Bereia que consultavam as Escrituras diariamente para conferir o ensino de Paulo (At 17.11).

CONCLUSÃO

Que triste realidade a igreja tem enfrentado, mas cabe a cada um de nós, que queremos ver o Reino de Deus estabelecido, lutar com todas as forças para não sucumbirmos diante dessas demandas mundanas.

A luta não tem sido nada fácil, pois o mundo “gospel” tem lutado pera arrebanhar o maior número possível de pessoas e, infelizmente, tem conseguido. Com isso temos visto crentes fracos, mundanos, arrogantes, gente que pensa que são príncipes e princesas de Cristo, e com isso, acham que são melhores do que as outras. Não temos visto crentes a imagem e semelhança de Cristo, mas de seus líderes gananciosos, mundanos e mal intencionados. Gente que reflete a imagem de seus líderes carnais e satânicos.

Eu realmente não sei se vamos vencer está batalha, mas uma coisa eu peço a Deus, que Ele me ajude a continuar pregando a verdade ainda que esta seja pregada a poucos.

Que o Senhor nos ajude.

Pense nisso!     

Fonte:

1 – Lopes, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 17.

2 – Mendes, José Deneval. Teologia Pastoral. Editora CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 12ª Edição 2003: p. 39.

3 – MacArthur, John. Com Vergonha do Evangelho. Editora Fiel, São José dos Campos, SP, 2014: p. 17.

4 – Ibid, p. 45.

5 – Tozer, A. W. A Vida Crucificada. Editora Vida, São Paulo, SP, 2013: p. 20. 

6 – MacArthur, John. Guerra pela verdade. Editora Fiel, São José dos Campos, SP, 2014: p. 18.